quarta-feira, 20 de abril de 2011

No ritmo

               

             Tudo começou novamente... Em março, depois de três maravilhosos meses de maravilhosas férias, voltei pra faculdade. Realmente já havia me desacostumado com as minhas atividades normais. No início foi tranqüilo, as matérias ainda estavam andando em ritmo lento, curtindo o reencontro com a galera, etc e tal., o que agora já está bem diferente. Parece que todos os professores combinaram em atolar a turma de matérias, sem brincadeira... Meu tempo está cada vez mais escasso com o número de páginas que preciso ler por dia, pesquisas, procura por estágio... Acho que meu dia precisava de, pelo menos, 30 horas, mesmo sabendo que continuaria sendo insuficiente, porque eu certamente trataria de preencher todas as horas extras com mais atividades. Nessas horas é que eu mais me sinto grato a Deus por pertencer a Ele.
                Somos escravos do relógio, essa é a verdade, e dentro da minha profissão futura isso é muito notável. Juristas como um todo, mas creio que principalmente advogados, vivem para cumprir prazos, e ai de quem se descuidar deles... Assim não dá... Sei que Deus não me criou pra andar no compasso desse mundo, por mais que quase todos achem isso uma tolice. Mas tanta coisa acontece à minha volta, tanta gente desesperada por falta de tempo pra fazer tudo o que precisa, sempre achando que seus estudos são insuficientes, que isso tudo acaba me contagiando...
                Nossa, sinceramente, é muito difícil descansar nesse mundo. Daqui a alguns dias vou ter uma prova atrás da outra na faculdade, e ainda quero muito ir pro congresso do movimento cristão  universitário (Alfa e Ômega), que vai ser na Bahia, preciso começar a estagiar e, ANTES DE TUDO ISSO, viver com intensidade a minha vida com Deus. Olha, é tenso. Preciso descansar no amor do Pai, preciso ver o milagre dEle se realizando na minha vida. Não tenho certeza de qual é a vontade do Pai pra mim nesse momento, mas quero e preciso descansar.


Daniel Cobian


quarta-feira, 6 de abril de 2011

Amor em quatro estações

No início era quente
Queimava como fogo
Dançava forte como labaredas
Evaporava como suor
De gotas ao vapor
Na bravura de tempestades e raios


Depois se acalmou
Viu algumas folhas caírem
Permitiu-se amenizar, tranquilizou-se
Tomou consciência de si
Mas viu tardes de um azul maravilhoso


Então a razão sobressaiu
Sentiu ventos gelados
Envaideceu-se, irou-se
Seu sol brilhou menos, aqueceu menos
Mas persistiu e não morreu

Já em sua última idade, tudo se renovou
Viu suas flores desabrocharem
Sentiu o calor natural
Regou seus jardins com paciência e alegria
Deitou na relva, sentiu a brisa, e dormiu


Daniel Cobian